Ai, que loucura!
Minha cabeça virou uma avenida, uma encruzilhada sem semáfaros, placas ou faixas de pedestre. É só me deitar sob o silêncio da noite que lá vêm eles: todos os meus pensamentos ao mesmo tempo. São como uma junção de todos os meios de transporte possíveis, e capazes de buzinar, correr, acelerar e atropelar o meu sono.
Não há sinalização alguma, é acidente a toda hora; carro por cima de carro.
É uma terra perdida, lotada de coisas que se movimentam incessantemente - bicicletas, motos barulhentas, caminhões sonolentos, carros desgovernados, trens fantasmas. Tem de tudo que você possa imaginar.
As buzinas berram, escabelam e gritam, como se aquela movimentação toda [bem na hora de dormir] fosse resolver alguma coisa.
Já tentei meditação; já rezei muito; já tentei contar carneirinhos, cachorrinhos, a arca inteira. É sério, realmente pensei que contando alguma coisa imaginária, eu pudesse me distrair dos meus pensamentos – todos aqueles pesados, inconvenientes e inúteis, sabe?
Mas quando a madrugada é de tráfego intenso, o pai nosso tem dificuldade de chegar até mim. No meio da reza aparecem uns carros; os malditos que conseguem ultrapassar qualquer barreira de proteção.
É mesmo insano. A mente é uma aventura, mas uma aventura indomada por nós, seres esquisitos ocidentais.
Quem sabe consiga organizar um mantra na madrugada de hoje.
terça-feira, 12 de maio de 2009
Silêncio Caótico
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3 comentários:
eu estou num momento caótico também. nunca tive problemas para durmir, mas ultimamente e devido a todos os acontecimentos tenho perdido o sono constantemente.
espero que a partir de mais ou menos 20 de dezembro eu possa deitar e ter lindos sonhos novamente.
estou com vc zoka!
amo!bjo
Parece as ruas de Mombai! E eu NAO VEJO NOVELA!!! eh eh
Que Maravilha
Toquinho/Jorge Ben Jor
Lá fora está chovendo
Mas assim mesmo
Eu vou correndo
Só prá ver o meu amor
Ela vem toda de branco
Toda molhada
E despenteada
Que Maravilha
Que coisa linda
Que é o meu amor...
Por entre bancários
Automóveis
Ruas e avenidas
Milhões de buzinas
Tocando sem cessar...
Ela vem chegando de branco
Meiga, linda, pura
E muito tímida
Com a chuva molhando
Seu corpo
Que eu vou abraçar...
E a gente no meio da rua
Do mundo, no meio da chuva
A girar!
Que Maravilha!
A girar!
Que Maravilha!
A girar!
Que Maravilha!...
Como diria o grande Woody Allen (e eu assino embaixo): "[eu sou judeu], meu trabalho eh viver preocupado."
Pensa mais quem pode mais, lembre-se disso.
Abrax,
RF
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