terça-feira, 24 de março de 2009

Sem polianices, eu quero é reclamar!

Todo mundo fala: "Mariana, não fique nervosa. É só você fazer uma coisa de cada vez!" Ah! E a clássica: "Tudo vai acabar dando certo."
Tá. A questão é que EU SEI que tudo vai acabar dando certo por alguma razão, e que é SÓ eu fazer uma coisa de cada vez para dar conta de tudo que tenho pra fazer. Mas, na hora do descabelamento, eu simplesmente não quero ouvir uma opinião tão iluminada e a la Poliana, com seu mundo maravilhoso! Muito menos quero ser obrigada a ouvir de uma pessoa que nem sabe ainda o que é uma faculdade direito, que "Toda faculdade é assim. Pedem tudo ao mesmo tempo mesmo."
Não! Mil vezes não! O segundo ano de uma faculdade não tem na-da a ver com o último.
Por favor, não abra a boca pra discutir com um formando a beira de um ataque de nervos se você é um recém-semi-quase-universitário. Isso pode acarretar um homicídio doloso, eu juro.
Afinal, o que mais teria a perder uma ex-adolescente quase adulta com um artigo de dez páginas para entregar (depois de, claro, ter reescrito no mínimo QUATRO vezes - segundo meu ilustríssimo mestre - e, obviamente, depois de pesquisar em DEZ livros e/ou revistas)? Além da matéria "aprofundada e envolvente" sobre a prevenção e tratamento de dependentes químicos de crack ("ah... e, Mariana, é indispensável que você tenha um envolvimento, converse com ex-usuários, usuários, famílias de usuários, obtenha dados, pesquisas etc").
E o grand finale (tchã nã nã nã nãmmmm) --> A MONOGRAFIIIIA! [ruuufem os tambores]
Essa não dá pra detalhar sem ocupar a tela do seu computador inteira, então eu peço a vocês que somente imaginem.
Pronto, isso é tudo - na faculdade.
Ou você estava começando a pensar em como sou fresca, exagerada e nem tem tanta coisa assim?! Não, eu vou te convencer a ter pena de mim.
Tenho SEIS páginas para produzir na revista onde trabalho. Fiz UMA. As outras cinco? Até quarta que vem. Depois de quarta? Tenho uma semana e meia para dividir a produção de um caderno especial inteiro com um grande companheiro de aventuras que conheci neste áspero caminho de crianças crescidas.
E quer saber? Hoje eu reclamei tanto pra esse meu amigo, mas tannnnnnto, que nós demos muiiita risada, gargalhadas (desesperadas talvez), mas sinceras. E meu namorado, mesmo pelo msn, com sua praticidade e determinação invejáveis, me fez ver que não é nem um pouco válido ficar choramingando e implorando piedade alheia pelos cantos.
Aí eu compreendo o por quê de conseguirmos dar conta de T U D O, no fim das contas.
Esses amortecedores no meio do surto nos anestesiam e fazem o tempo passar feroz, mas também suavemente.
E pra conseguir continuar, depois de passadas as crises do "eu não vou conseguir", faço uso de um jargão popular e chinfrin, mas que sempre funciona.
Não penso, só vou.

Um comentário:

Ana Luz disse...

adianta falar q eu te compreendo?
q estou no msm ataque de nervos?

porem...como vc diz...no fim a gente aprende que não adianta ficar choramingando mesmo!!!

amo vc!
sdds jah!
ateh mais tarde!