terça-feira, 31 de março de 2009

Na ponta dos dedos...

Alguém sabe me explicar o poder das unhas?

Sim, porque até a opção da cor para colorí-las é padronizada, pré-estabelecida e tem seu valor específico. O vermelho, no caso, nos faz crer que passamos uma imagem de mulher segura, que sabe onde quer chegar e sabe muito bem onde está. Que seduz sem querer, que chama sem pretender a atenção alheia, que marca, que é portadora de beleza arrebatadora.
Ou seja, mulher de unha vermelha, insegurança aguda na certa. Homens, fujam! (brincadeira, posso dizer por mim que não sou tão insegura assim, tá?)

Mas gente, é loucura, é resultado da era vazia em que vivemos, mas é também inevitável: você nunca se vê do lado de fora de você digitando, por exemplo, mas você vê suas mãos passeando pelo teclado, vê seus cabelos caídos no ombro (ou os sente presos), e ainda (a pior parte - ou não!), você acompanha a situação de seus seios e barriga. É onde entra o poder destes pequenos pedacinhos de pele morta: se estiverem bem feitinhas, pintadinhas e coloridinhas, pronto! Ponto pra você que já vai se sentir bem por imaginar o resto do seu corpo também em ordem.
Se for à uma reunião pra pedir aumento pro chefe ou se for conversar com o cara maravilhoso que te faz gaguejar e se sentir ridícula, já sabe - vá de unhas intensamente vermelhas. Vai por mim, funciona!

Pode parecer uma maluquice cabal isso que vos digo agora, mas é exatamente a mensagem que as unhas vermelhas passam, ou a que nós, seres que carregam as mãos pintadas, acreditamos transmitir. E não me confunda com alguém cegamente adepto à banalidades como esta, por favor. Só cheguei a compartilhar com vocês aqui porque pintei minhas unhas nesta semana de aniversário e tal, e não consigo entender o por quê da gente carregar uma inseguraça gigante a ponto de precisar deste tipo de costume que serve, basicamente, pra nos diferenciar de nossas queridas ancestrais mais peludas e com as mãos e unhas tão ressecadas.
Ah, e saliento aqui também o meu não preconceito contra as cegamente adeptas, somente não me incluo no grupo e não acho tão essencial fazer minhas unhas sempre emolduradas por deliciosas pelinhas e cordões de sugeira que me fazem passar muita vergonha. Mas enfim...

É assim que, após esta discussão de extrema pertinência e depois de uma digitação enfeitada por meus pedacinhos de pele morta agora vermelhinhos nas pontas dos dedos, que me despeço e sugiro uma reflexão aprofundada sobre a capacidade que uma unha cuidada tem de transformar nossa visão sobre nós mesmos. É um absurdo!

segunda-feira, 30 de março de 2009

NOSSOS NÚMEROS!

Sexta foi meu aniversário. Na verdade, o melhor em anos.

não só porque fiz uso de um espaço do clube do qual sou sócia há 22 anos e NUNCA tinha usado; não só porque resolvi assumir que espero sim que o MEU dia seja um dia especial;
não só pelas presenças adoráveis que preencheram o espaço (apesar da falta de uma das mais importantes);
não só porque ganhei presentinhos;
não só porque percebi que posso contar com a dedicação total de um certo alguém chamado Gabriel;
não só porque amigos distantes resolveram lembrar e me ligar;
não só porque minha mãe se responsabilizou por quase tudo pra não me sobrecarregar;
não só porque teve um pizzaiolo muito bom e, finalmente, não só porque minha priminha de 3 anos estava uma fofura falando sozinha e se imaginando numa pizzaria gigante onde ela mesma amassava a massa e vendia as pizzas para seus clientes invisíveis - detalhe, vestida de bailarina!

Não tem como negar!
Todos nós veneramos o aniversários do dia em que surgimos no mundo. E não é só o dia em si, mas aqueles números da nossa data de nascimento; eles são tão NÓS; são um retrato nosso em forma de algarismos.
Atire a primeira pedra quem não tem os olhos atraídos para toda placa de carro que veja com o dia de seu aniversário; ou quando ele é mencionado como um dia corriqueiro por alguém - aquilo é como se tivessem falando de um irmão nosso sem saber; ou ainda quando somos levados a criar senhas de blog, senhas de msn, senhas de cadastro de qualquer futilidade - se não nos policiarmos muito lembrando de toda a proliferação de hackers, lá vamos nós despejando números nossos pra ser aquela senha.

É que fazemos parte de uma mega blaster plaster família de narcisos e narcisas, todos apaixonados por TU-DO aquilo que represente um elemento de individualização.
Que dirá o dia em que nascemos!

Infelizmente, toda a população mundial tem os mesmos 365 dias pra ter nascido, logo, a quantidade de seres que enxergam flores nos números 27 e 03, por exemplo, é o suficiente para destruir a peculiaridade que acredito carregar por ter nascido neste dia - o mais esperado, idolatrado, lembrado, esperado e pensado por mim. Mas esse fato não precisamos relevar, é claro. Não me interessa que a Xuxa e a Mariah Carey também sejam fissuradas pelo 27 e pelo 3, o vinte e sete de março ainda é só meu!

Mas retomando o raciocínio inicial (se ainda me lembro, eu ia dizendo os "NÃO SÓ PORQUES" do meu aniversário de 2009 ter sido tão gostosinho).
Só consegui me sentir BEM de verdade neste dia porque fui quem eu sou; me libertei de qualquer convenção aniversalesca e fui fazer algo que tivesse a minha cara.
E então o dia fluiu. Foi repleto de sinais verdes no trânsito, músicas favoritas na rádio e até Johnny e June na TV - adoro esse filme e, apesar de pesado para o dia, pude pressentir que aquilo era parte de uma conspiração dos deuses pra eu ter a sensação de que cada átomo estava a meu favor.

Foram fatos banais, mas me trasmitiram paz e eu me senti amparada por uma legião de pequenas coisas abstratas e concretas ao mesmo tempo, senti que não estava sozinha, e foi aí que (antes tarde do que nunca) me toquei que os 27 de março só serão realmente memoráreis quando eu decidir que eles serão e, depois disso é só autorizar tudo ao meu redor a entrar na mesma sintonia que eu.

Assim se vive um dia simples, leve e gostoso como uma fatia (pequena!) de pizza de mussarela.

quinta-feira, 26 de março de 2009


alguns minutos pro dia que pode ser (além de esquisito, constrangedor e nostálgico), um dia tranquilo e feliz!

terça-feira, 24 de março de 2009

Sem polianices, eu quero é reclamar!

Todo mundo fala: "Mariana, não fique nervosa. É só você fazer uma coisa de cada vez!" Ah! E a clássica: "Tudo vai acabar dando certo."
Tá. A questão é que EU SEI que tudo vai acabar dando certo por alguma razão, e que é SÓ eu fazer uma coisa de cada vez para dar conta de tudo que tenho pra fazer. Mas, na hora do descabelamento, eu simplesmente não quero ouvir uma opinião tão iluminada e a la Poliana, com seu mundo maravilhoso! Muito menos quero ser obrigada a ouvir de uma pessoa que nem sabe ainda o que é uma faculdade direito, que "Toda faculdade é assim. Pedem tudo ao mesmo tempo mesmo."
Não! Mil vezes não! O segundo ano de uma faculdade não tem na-da a ver com o último.
Por favor, não abra a boca pra discutir com um formando a beira de um ataque de nervos se você é um recém-semi-quase-universitário. Isso pode acarretar um homicídio doloso, eu juro.
Afinal, o que mais teria a perder uma ex-adolescente quase adulta com um artigo de dez páginas para entregar (depois de, claro, ter reescrito no mínimo QUATRO vezes - segundo meu ilustríssimo mestre - e, obviamente, depois de pesquisar em DEZ livros e/ou revistas)? Além da matéria "aprofundada e envolvente" sobre a prevenção e tratamento de dependentes químicos de crack ("ah... e, Mariana, é indispensável que você tenha um envolvimento, converse com ex-usuários, usuários, famílias de usuários, obtenha dados, pesquisas etc").
E o grand finale (tchã nã nã nã nãmmmm) --> A MONOGRAFIIIIA! [ruuufem os tambores]
Essa não dá pra detalhar sem ocupar a tela do seu computador inteira, então eu peço a vocês que somente imaginem.
Pronto, isso é tudo - na faculdade.
Ou você estava começando a pensar em como sou fresca, exagerada e nem tem tanta coisa assim?! Não, eu vou te convencer a ter pena de mim.
Tenho SEIS páginas para produzir na revista onde trabalho. Fiz UMA. As outras cinco? Até quarta que vem. Depois de quarta? Tenho uma semana e meia para dividir a produção de um caderno especial inteiro com um grande companheiro de aventuras que conheci neste áspero caminho de crianças crescidas.
E quer saber? Hoje eu reclamei tanto pra esse meu amigo, mas tannnnnnto, que nós demos muiiita risada, gargalhadas (desesperadas talvez), mas sinceras. E meu namorado, mesmo pelo msn, com sua praticidade e determinação invejáveis, me fez ver que não é nem um pouco válido ficar choramingando e implorando piedade alheia pelos cantos.
Aí eu compreendo o por quê de conseguirmos dar conta de T U D O, no fim das contas.
Esses amortecedores no meio do surto nos anestesiam e fazem o tempo passar feroz, mas também suavemente.
E pra conseguir continuar, depois de passadas as crises do "eu não vou conseguir", faço uso de um jargão popular e chinfrin, mas que sempre funciona.
Não penso, só vou.

segunda-feira, 23 de março de 2009

mano velho, falta um tanto ainda, eu sei. pra você correr macio...

[Pato Fu que anuncie por mim esse vácuo de tempo que derrete ao meu redor.]
Alguém pode me ensinar a empacotar TUDO dentro das 24 horas?

domingo, 22 de março de 2009

Eu avisei...

Pronto! Não consigo mais escrever...

Foi só dar início ao blog que foi tudo meio que censurado dentro de mim. Parece ridículo, mas esse espaço me faz sentir pressionada. Como se Sr. Blog fosse um chefe que me exigisse um texto criativo e inteligente todos os dias, e eu simplesmente me sinto incapaz de fazê-lo!
Não sei se deveria compartihar isso com você, caro navegante dessa "tal mania" agora bloqueada por motivos superiores e deconhecidos pela minha pessoa, mas não consigo fingir que está tudo bem. Prefiro escancarar e compartilhar com vocês esse probleminha técnico e inconveniente que está ocorrendo.
Não quero levantar a bandeira do "desculpe o transtorno, estamos trabalhando para melhor atendê-lo." Quero escrever mesmo assim.
Quero dizer que não sei o que dizer. E escrever que não quero escrever.

Quero chorar.
Mas não vou desanimar. Isso aqui é HOJE. Amanhã que será?


sábado, 21 de março de 2009

Doença Primata


Considerando tudo o mais que sobre mim consta, diria que o que está acontecendo é natural e, infelizmente, previsível.
Lá se vai toda a teoria antiamor pelo ralo da fragilidade que atormenta meus ânimos e devasta certezas como quem destroi um país inteiro.
É coisa que fatia minha paz, meu sossego. Como um ímã, atrai toda uma maré de medos, inseguranças e máscaras.
Tão fácil profanar idéias revolucionárias e pensamentos feministas cheios de amor próprio; palavras jorram aos montes da minha garganta de maneira bastante convincente. O difícil é agir conforme o que é dito e pensado.
Ao que tudo indica, é impossível desviar de um sentimento. E eu insito em querer aprender. Quero evitar dores, horrores, surpresas, decepções, tombos graves, fraturas expostas, luxações dolorosíssimas e tudo mais que envolve o amar.
Não quero me entregar. Ó, irresistível veneno! Que me cura, me suga, me mata, me tortura.
É filme que vive a se repetir. Chega a ser monótono o desfecho e a ausência de grandes inovações enoja, incomoda, porém me faz forte perante o amor.
Talvez não queira mais me fortalecer, então.
Não quero mais vestir essa armadura desconfortável.
Se menos dolorido fosse, se leve fosse como um doce. Mas é fritura, é massa. É tão pesado e gostoso. E por isso me rendo a ela - a velha novidade – e, mais uma vez, os olhos tremem inquietos e as mãos voam aos lábios em busca de respostas. Roer as unhas é o cabe para distrair enquanto a dor não se define, não se aconchega em meio aos meus sentidos.
Não digo que amar seja tristeza. É o oposto. É alegria que não cabe em mim, e é aí que se aloja o medo. É felicidade leviana, certeza incerta, é sentimento traiçoeiro.
Só não queria sentir.
Bastaria-me ser feliz sem alguém para amar ou enganar ou me render ou querer por perto.
Sonho a liberdade de um coração sem dono, exposto ao abandono. Antes isso do que me desmanchar por algo banal, bonito e tão desnecessário. Mas vou amar. Sei que vou chorar e cantar e ainda gritar tanto...
Faça-me então parar; evite este risco! Não posso mais, no escuro de outro alguém me atirar. Quero estancar o amor que não cansa sangrar.

quinta-feira, 19 de março de 2009

GRITO

Ontem teve protesto. Com direito à cartolina, nariz de palhaço e apitos dominados por suspiros revoltosos marchando pelos corredores da Uniso, onde costumam exigir silêncio mais do que nos exigem qualquer outra coisa.
Alunos de relações públicas, jornalismo e publicidade e propaganda vêm tendo aulas de Teoria da Comunicação em uma mesma sala, em um só horário, com os únicos dois ventiladores e um professor responsável. Sim, todos juntos!
Interrompemos a aula de prática de pesquisa (não antes de responder a chamada, claro!), nos infiltramos em meio à salada mista de curiosos, injustiçados, revoltados e baderneiros sem causa, e pronto. Lá estávamos nós sendo parte do que almejamos organizar em todos os três anos de jornalismo.
Ocupamos a coordenação de comunicação - parece que fazendo barulho, a gente alcança as notas que a reitoria ouve.
Os três coordenadores responsáveis não hesitaram em comparecer rapidamente e, quase que de cabeças baixas, concordaram com a razão de ser da reinvindicação e uma reunião com a reitoria foi agendada para hoje.
Dentre os poucos narizes de palhaço alienados e à procura de bagunça, percebi uma maioria corcunda de tanta desilusão. Algumas vozes gaguejavam coragem para enfrentar representantes de um sistema decadente, corpos transpiravam o cansaço de tanto descaso e os olhos... Os olhos duvidavam de cada promessa (que era incerta até para as bocas que as expeliam).

Não interessa.
Não me importa em absoluto o desfecho disso agora, porque contaminamos aquela sala.
Estagiários e coordenadores devem estar, no momento, circulando por ela, atendendo telefones, imprimindo papeis. Mas ficou amarrada ali em cada parede, em cada cadeira e em cada caneta, uma ameaça chamada democracia.
Toda vez que alguém recorre à ela, as cabeças do topo lembram de descer seus degraus hierárquicos e encarar os rostos de quem as mantém onde estão.

A propósito, as cartolinas diziam: EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA

terça-feira, 17 de março de 2009

Olhos de julgar


A menina pesseia tão desarmada pela rua, que aquilo incomoda.
(Não a da foto. Ela é uma criança, e é linda, pode andar como bem entender.)

Falo de outras, de outros, que passam longe de padrões e acabam punidos por pessoas acorrentadas a se sentir no direito de julgar deus e o mundo.

Um dia desses...

_ Nossa! Como uma pessoa daquele tamanho pode usar uma blusa daquelas?
_ Ah... Coitada, deixa ela usar o que quiser, ser como quiser.
_ Ser como ela quer tem limites, vai... Olha esse cabelo, que absurdo!
_ Por que absurdo? O cabelo é dela.
_ Tudo bem, quem passa vergonha é ela, não eu.
_ Não sei, tô achando tão gostoso ver alguém assim, livre.
_ Eu tô achando é humilhante.

_ É que você se impõe limites demais, e acaba nem sabendo, na verdade, quem é você!
(arrghh... essa parte ficou na vontade)

segunda-feira, 16 de março de 2009

refogadinhos

Como todos os restaurantes e bares preferem fazer, também optei por pegar uma mistura na geladeira, dar uma refogadinha e servir alegremente no prato de segunda-feira.

Texto antigo, mas escrito num momento muito feliz, por nenhuma razão especial.


FELICIDADE

Como explicar?!

É sensação de missão cumprida
E a ânsia do reencontro
É o despertar sem compromisso
Ser você sem ser omisso
Os dez reais em bolso antigo
É a manhã do meu domingo

Felicidade é quilo perdido
É vestido encontrado no dia da festa
Paixão de verão
Amor longa vida
Convite na solidão
Filme bom em tarde vazia

Ser feliz não é possível, o que se pode é estar

Feliz é um estado de espírito,
Assim como o triste
E esse é fato justo do viver

Feliz é o que sou ao seu lado
Mesmo em dia nublado
Se tagarela ou fica calado
Tranqüilo ou mesmo preocupado
Se Santa Cerva ou sofá da sala
Calça branca ou bermuda rasgada
Felicidade foi te achar
Sem saber o que tinha achado

Felicidade é o alívio do perdão
É resultado de teste aprovado
Música linda tocando no rádio
Elogio vindo de chefe bravo
É o parar da chuva na saída do carro
Acordar e lembrar que é feriado

Feliz é quem quer e busca a felicidade em gotas, segundos, reticências e grãos
Todo momento guarda em si o infinito
Todo trajeto nos reserva labirintos
Cada coração segue um compasso
e cada célula é imprescindível

Nessa estrada sem placas ou sinais
Não é permitido saber muito ou entender demais
E a felicidade torna-se então o caminho
É o asfalto
É o durante, e não o depois

Felicidade é o arco-íris que não se pode tocar
É o abstrato
É misto de todas as cores
Sorriso de todos os dentes

A felicidade foi inventada, não para teorizá-la
Basta saber que as coisas estão harmoniosamente em seu lugar,
e que nós sempre estamos aonde deveríamos estar

domingo, 15 de março de 2009

Vale Tudo!

Na guerra contra a esquisitice, a chatice, a monotonia e os faustões do domingo, vale o que quiser!
Eis aqui algumas dicas simples e de fácil execução:

* Sente num lugar inusitado dentro da sua própria casa (o chão do quintal, a calçada da frente, um degrau que nunca pensou em sentar, alguma janela [que seja segura - pelo amor de deus]);
* Se gostar, pegue um livro da sua mãe que nunca pensou em ler, mas que pode ser interessante;
* Saia dar uma volta (queima calorias e acrescenta paisagens diferentes do que a sua tv);
* Cante uma música diferente, tente lembrar de alguma que faz tempo que vc não canta (te faz lembrar de coisas adormecidas, e é sempre inspirador);
* Tome um banho já! Gelado, de preferência (renova qualquer energia).

Olha, pra mim, uma dessas coisas aí em cima sempre ajuda e no fim das contas, a noite de domingo sempre se supera e me dá, no mínimo, uma boa ideia, seja pra escrever ou pra desenhar, de repente dá um pique de sair, ir ao cinema. Sei lá...

Enfim, não subestime o domingo!

sábado, 14 de março de 2009

SÁBADO ANSIOSO - de ânsia mesmo

outro dia comentei virtualmente que eu era "uma ressaca de guloseimas terrível". E a maldita descrição causou um certo frisson, ou algo assim. Mas é que meu estômago anda muito sensibilizado, sabe? Vive gritando dores incômodas e desconfortos insólitos. Tenho tido ressacas homéricas, e deve ser de mim mesma (das guloseimas também, mas nem como tanto). Ás vezes enche habitar sempre o mesmo corpo, ser rodeada pelas mesmas ideias redundantes...
Para o acupunturista e muitos personagens da medicina alternativa, este órgão humano está diretamente ligado à nossas emoções mal expressadas, aos tais nervos.

Se é pra concordar com eles, digo que ando desesperada então. E não sinto, ou não quero sentir. É quando meu estômago vem e me obriga a mexer com o que tá fazendo doer por dentro. Obrigada então, estomaguinho querido, vou tratar dos casos problemáticos e desajeitados da minha vida pra ver se você pára de gritar um pouco. Porque doi (que estranho sem o acento agudo) e tá me fazendo sentir problemática demais, além do normal.

bom sábado a todos =]

sexta-feira, 13 de março de 2009

BESTA E BANAL

Tenho 48 fotos no orkut.

Somando as praticamente 48 legendas e mais uns 12 testemoniais - you do the math - são 108 maneiras de agredir uma intimidade arduamente construída ao longo de vinte e poucos anos (uhuul..já posso cantar aquela música dos Raimunos! Regravada, eu sei).

Me sinto patética navegando pela página. E pior que nas madrugadas marasmentas e improdutivas é hipnotizador aquela fuçação desvairada pela vida alheia. Às vezes, me pego completamente zumbizenta vendo uma foto da menina amiga da namorada do fulano com o namorado que eu conheço de vista de algum lugar que nem me lembro mais.
E aquelas fotos íntimas de casais, com direito a olhos fechados e uma sombra horrível nos olhos da menina? Ai que vergonha alheia... Ai que preguiça, sabe?
Sou só eu ou aquilo é uma chatice sem tamanho e, ainda por cima, viciante?

Às vezes, me sinto nua de tanta exposição, mas em outras adoro compartilhar fotos com os poucos amigos de verdade que tenho ali... Sem contar que meu orkut guarda uns testemoniais tão fofos do meu namorado... Ai deus do céu... quanta baboseira, eu sei...
Mas hoje me deu vontade de postar tudo que passasse pela minha cabeça e então concluo que uma palavra escrita aqui, me expõe muito além do que qualquer expressão em alguma foto do meu álbum do orkut.
Deveria eu deletá-lo?! Ou apagar opiniões muito íntimas?! Ter esse blog significa que ando pelada pelas ruas?! Quem sou eu?! O que será de mim nesta devastação da privacidade?! Será que isso quer dizer muito sobre minha personalidade?! Será que devo por em pauta na terapia?!

Ai credo... chega disso agora, pelo amor de santo cristo, são 4:09 da manhã... que chatice mais imbecil... e alguém sabe onde eu arrumo o relógio nesse blog? tá completamente errado

tá bom vai, explicarei!

Desbravando o site da MTV, mais precisamente o blog da Luisa (recomendo!), descobri o blog da publicitária Fernanda (o Sem Dúvida, que recomendo também).
Aquelas palavras desinibidas, o arrojamento de conseguir manter um blog, a coerência das letras e a pertinência dos temas corriqueiros adotados pela tal da fernanda - tudo isso me instigou!
Venho pensando em retomar esta mania que deu origem ao nome do meu blog há dois anos: a de traduzir em palavras o que me preenche por dentro.

Sempre ficava pra depois e hoje ficou pra agora!

Vou logo avisando que tenho uma dificuldade desgraçada de escrever assim como elas, sobre o cotidiano e pensamentos aleatórios meus.
Pra mim é difícil deixar um pouco de lado a dramatização profunda e complexa da "realidade" (que prefiro sempre deixar entre aspas, que é pra ficar claro sua indefinição).

Só resolvi transgredir esse meu limite por ter concluído que falando assim, de um jeito simples, todas as minhas ideias podem ser bem melhor compreendidas e, quem sabe, eu possa inspirar pensadores anônimos a exporem suas rimas sobre a vida - assim como a Fernanda e a Luisa fizeram comigo sem nem imaginar, muito menos me conhecer.



prazer, lola


eis os blogs
http://semduvida.blogspot.com
http://mtv.uol.com.br/blogdaluisa

FRIDAY NIGHT!

2:10 da manhã. Sexta-feira (migrando pro sábado)

Geralmente estaria eu sentada na mesa de algum bar que já estou enjoada de ir, e sem beber nada, porque meu estômago deu de somatizar minhas angústias agora, mas isso não vem ao caso. O fato é que aqui em Sorocaba está indo tudo muito bem. A cidade está bem cuidada, temos parques e pistas de caminhada que parecem estar dando conta de uma ressocialização interessante. Ah, e há meses que temos uma secretaria do meio ambiente até! uau


O fato é que por aqui, ou as pessoas são alternativas e lotam a baladinha lado B "PUB" num único dia da semana, [de uma só vez!]; ou são pops e adoradores de big brother que migram para os milhares de barzinhos que celebram a noite sorocabana de forma super despojada e feliz (arrgghh..isso me irrita e cansa minha beleza)... Para os pobres mortais intermediários e indefinidos como eu, NADA!
Ai, tá bom, tem o Tribeca, a balada centenária da cidade que é um ovo e tem um clâ fechado que frequenta aquilo como uma seita religiosa e misteriosa, sabe? Não curto também...

É óbvio que estou num momento de generalizar tudo e isso costuma ser muito injusto.
Além do mais, eu sei que por todos os lados tem gente assim, básica e legal como eu, que sonha com um PUB mais espaçoso, um Tribeca mais alternativinho ou barzinhos com música boa e espaço para andar, pelo menos (sem a obrigação de chegar e logo de cara ancorar numa cadeira!).

Mas isso tudo foi só um comentário, afinal, a sexta-feira 13 de hoje carrega um ar incomum que me agrada... Aquele em que no auge da despretensão e domínio do ócio, recuperamos blogs que já não lembrávamos da existência, vamos à locadora na madrugada a caça de um filme que faça tirar algum proveito do marasmo completo, ou simplesmente zapeamos canais na tv, desistimos e então vamos (tentar) dormir.



noite ímpar, eu diria