quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cenário novo.

Tonalidades estão sendo testadas e descobertas agora. Novos sons sendo ouvidos.
Caminhos sendo clareados por uma luz forte que vem brotando.
Aos poucos, mas vem.

Não me importo agora se o que estou vomitando aqui é passível de leitura, de uma leitura gostosa e surpreendente. Só me importa agora o agora. E esse agora aqui é só meu.

A propósito, beijosesaudadesdepostarmaisfrequentemente

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O rei.



Alia meiguice e braveza como ninguém.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O nada.

o branco, a mente leve, a tensão dissolvida
o pé descalçado de concreto e coberto com o ar
o amor pronto para explodir de dentro
e o sofá inteiro ao meu dispor

férias, baby!
beijosfelizesatodos ;)



eu sei que posso mais que isso, mas tenho exigido menos de mim.
não muito, mas menos. o suficiente para alcançar a mim mesma de frente.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Segunda é dia de

Sentir ressaca estomacal e o frio cortante do final do inverno incerto
Temer o futuro odiando o passado e destacando todas as suas ranhuras, esquecendo das cores
Olhar o espelho e ver outro, vazio
Olhar para si e ver outro, um estranho
Lembrar de tudo o que foi bom e procurar seus defeitos
Reparar nos descascados das unhas
Pensar em tudo que não fez, depreciar o já feito
Esconder-se num traje envelhecido, cheio de bolinhas do tempo
Não lavar o cabelo para aproximar a sujeira
Postar no blog pra tirar de dentro
Tirar de dentro para por pra fora
Deixar o dentro mais ameno
Se encher de água para matar afogadas as lamúrias enjoativas.

que só me dão náuseas.
paciência comigo, por favor. segunda-feira é meu dia reservado ao pessismismo e chatice.
em 14 horas, tá tudo acabado e o sol volta a brilhar, garanto.
beijos!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Esse novo lay out aqui.

Era branco liso e tinha letras cor-de-rosa. As opções de lay out eram poucas. Era muito simples escolher.

O big brother Blogger resolveu mudar tudo então. Agora existem infinitas fotos para plano de fundo e trocentas cores para cada palavra que escrevo aqui.
Ficou chato. Arrancaram-me o passado e o futuro se impõe agora diante de mim, mas exito em me adaptar porque não me conformo com o que deixou de existir.

Quero meu antigo blog de volta. E toda a minha inspiração junto.


Eu não caibo aqui.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

palco.

uma caixa preta e escura pronta para receber o som e a fúria de cada ator.
adorei essa definição... (e ela foi feita em um dos episódios do seriado global Som e Fúria)

Já deu pra perceber que estou em uma daquelas fases de vácuo mental. Logo me volta o ar, prometo.
Beijosmeacessem

domingo, 6 de junho de 2010

sem ver, sem revisar, sem me censurar.

eu posso sentir agora a presença do bem em mim. posso respirar a música que me toca e ela me preenche com a magia que me encanta nela. eu estou escrevendo o que me vem e isso pra mim é liberdade. eu te amo e eu sei muito bem disso. só peço que seja sempre você mesmo, na frente e atrás de mim. e peço ao abstrato que faça essa sensação livre durar em mim. dentro e fora. por cada poro. quero mergulhar nessa melodia e ficar. quero jamais sair dela. quero sentir a felicidade de um instante. quero invadi-lo. quero esse instante pra mim. quero guradá-lo numa jarra. e sempre que esquecer de como é a sensação de estar com ele, eu pego do bolso e olho. e lembro. e me esforço pra sentir de novo sob uma nova perspectiva e um outro presente, mas ainda com o melhor de mim. eu assisto agora o teclado me pertencendo. as palavras escravas do meu pensamento e meu pensamento fluindo por mim. eu sou tão o que sou agora que jamais queria deixar esse minuto escapar daqui, do que é. e é. é muito. atingiu a essência do verbo. o verbo que me refiro é o ser. ser é mágico e inatingível. nao quero ler a última linha, não quero me barrar. não quero me permitir apagar-me. apagar o que sai agora é quase um crime. é crime se auto-barrar. auto-censura é suicídio. e suicídio é medo, fraqueza e a ilusão do fim. não há fim. não há começo. há meio, muito meio.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

parece verdade

parece real essa dor, duvido da fé e do amor
me faz tão tristonha essa dor
seria melhor crer no amor

desconfio tanto de mim
e isso reflete em nós dois
amo e de repente isso doi
doi e quando vejo é amor

terça-feira, 25 de maio de 2010

eureka

o segredo é, então, não se esconder do que se é.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

sendo sem ser

Hoje é segunda-feira. E eu estou no segundo copo de água. O computador me dá toda a sua mesmice e, em seguida, lhe devolvo. Não sei se me entende, mas sinto aqui e agora uma felicidade sem riso. É como um choro sem lágrima. Um vermelho que é cinza.
Sinto hoje uma alegria morna, um sorriso curto, um céu desbotado. Algo como um amor não amado, uma explosão que é medrosa.
Posso escutar o eco das gargalhadas todas aqui, em mim. Mas com certa preguiça de gargalharem. Por fora, estão apáticas e mudas.

Por dentro, estão muito bem, obrigada.

terça-feira, 4 de maio de 2010


detalhes podem ser a pior ou melhor coisa do mundo.
neste caso, são a pior coisa possível.


não. pior que eles, só a lembrança deles.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Hoje é dia de salto alto.

Melanie era amante do chão.
Não sabia se sentir gente sem cobrir os pés com sandálias baixas, rentes à terra e que a mantivessem em sua altura real. Assim, ela era de verdade e podia liberar seus gestos e expressões para seguirem fluídos e espontâneos.
Com saltos, virava robô.
Eis que, numa bela manhã de começo de semana, Melanie resolve fantasiar-se para a batalha corporativa. E veste seus pés de altura.
Logo no primeiro passo adentro de seu templo capitalista correspondente, uma surpresa imensa: havia certa grandeza exterior ali. Ela flagrou-se alta, concreta, firme.
Pro bem ou pro mal, encaixou-se melhor entre a massa heterogênea das oito horas diárias.
Não sei dizer se mais feliz, mas viu-se mais capaz.
O salto, que é alto, fez o dia desabrochar confiante.



beijoseboasemanacorporativacontemporâneaatodos

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Uma historinha resumida.


Eu virava. E minha cabeça virava junto.
Eu amava. E meus poros amavam junto.
Quando me decepcionei, toda a minha vida se decepcionou junto.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

o mesmo, a mesma, os mesmos, as mesmas.

tudo gira, sob um único eixo.

nós temos a mesma idade
e aquele gosto pelo incerto
cobrimos unhas com esmaltes neon
gostamos de usar os coletes abertos

nós temos os mesmos sonhos
os mesmos desejos secretos
arriscamos as mesmas cores
lançamos olhares discretos

nós cantamos as mesmas canções
preenchemos as mesmas melodias
rezamos aquelas orações
trocamos noite por dia




beijoseboasemanaatodos!

quinta-feira, 25 de março de 2010

quando a palavra é amor,

então é inteiro.
é medo, é entrega.
não existem ponteiros.
somente a ânsia de que rodem estáticos.

quando a palavra é amor
a pele arrepia;
o tato implora;
a boca chama;
o tempo ignora;
o olhar hipnotiza;
o dia demora;
a noite ilumina;
o eterno é agora;



quando a palavra é amor
você sempre surge na história.

terça-feira, 23 de março de 2010

Pequenas responsabilidades



e todas elas, igualmente, incômodas.
(ou não)

segunda-feira, 15 de março de 2010

frio ou calor?

Detesto meios termos. Mas sou toda imprecisão.
O verão me derrete, mas o faz com a determinação dos deuses e, portanto, perdôo-lhe as gotas suadas que faz brotar de mim.
O inverno me esfria movimentos com seu vento tão dolorido. Congela-me o peito, me arranha por dentro. Encolhe-me. Exclui-me do mundo que perde fácil pro meu sofá.
De qualquer forma, verão e inverno são inabaláveis. E isso é algo de se admirar. (claro que deixando de lado o aquecimento global e as bruscas mudanças climáticas geradas por ele)

Acontece que hoje. Acontece hoje. Acontece... Bom, acontece que o hoje é todo das meias estações.
O ventilador tá cansado de tanta indecisão. E cada uma de suas hélices também está.
Elas sabem pra onde girar, só falta eu me decidir se as quero girando.
Mas aí já depende do ar que não resolve ser quente ou frio. Faz-me embarcar num abotoar e desabotoar da blusa de lã.
Com ela, calor. Sem ela, frio.


Com você, amor. E sem, saudade.
Na certa, medo.

beijosmedrososemcadabochechinha!

quarta-feira, 10 de março de 2010

hoje pontiagudo



quero quebrar coisas
perfurar paredes com minha raiva
e quebrar o chão com o peso do meu ódio
depois vou fugir de mim, correr para meus braços
e ficar comigo mesma
digerindo e digerindo os espinhos do dia

segunda-feira, 8 de março de 2010

Se...


se é que é cor, colore-me
se é que é cura, estanca-me
se for amor, fica
se é ilusão, esgota-se
se for leveza, leva-me

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Vertigem

23:48.
Os números me apontam precisão, coisa que não me apetece.
Esse maldito relógio, o cuco ancestral que vem viajando gerações pela família, não pára um segundo sequer de ciscar o tempo, de me lembrar do tempo.
A realidade implícita no silêncio da noite, enquanto a rua silencia e é entregue a deus dará.
As nostalgias passeando pelas prateleiras de meus pensamentos hiperativos; as ideias borbulhando em mim, aguardando o tal do futuro - que nunca consigo alcançar.
O desespero que hoje assombra e que me arruinará de saudades.
O passado que é todo saudade, sendo bom ou ruim; que é indefinido, irregular, gosmento e embaçado.
Vai entender.
E pra que entender? Tempo é código que não se deve querer decifrar; deve-se sequer pensar; manter distância, ainda que se viva em seu ventre, dentre seu sangue e suas pulsações fulgazes; esquisitas.
Pra falar de tempo é necessário ter tempo. Infelizmente, ninguém o tem.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

De alma limpa... e calada!

Quando meu coração sossegou, minha alma também resolveu me dar um tempo.
No exato momento em que me livrei do peso da dor, meus pensamentos cessaram. Acho que foram, finalmente, dormir.
Não aguentavam mais tanto trabalho. Estavam revoltados com a mente que os obrigava a cumprir hora extra sem necessidade alguma.

E agora estou aqui. Sem eles. Nenhunzinho.
Isso é incrível. Estou temporariamente superficial e vazia.
Por ora, quero me encher de Mc Cheddars, Sessões da Tarde e, quem sabe até, baladas sertanejas...
É claro que o vácuo de ideias não é legal pra esse blog que eu adoro encher com meus vômitos pensantes...
Me perdoem, prometo acordá-los em breve.
Não desistam daqui!

Umbeiiijocheiodevontadederetomarminhasescritas(edesaudades)